a expandir-se e os nossos vizinhos a contraírem-se ou a caminhar com demasiada lentidão na marcha internacional, a absorção deles, econômica ou politicamente, parece ser apenas uma questão de tempo".
É bom, entretanto, que ao menos estejamos prevenidos, pois se não é o bárbaro que hoje nos ameaça, é a civilização que não apavora.
Tinha razão Euclides da Cunha. Esta última consideração é precisa.
De fato, atentando-se para a maior das ameaças que pesam sobre nós, a da absorção anglo-americana, põe-se de manifesto que o imperialismo nos últimos tempos dominantes na política norte-americana, digamos, mesmo britânica, não significa o fato material de uma conquista de territórios, ou a expansão geográfica à custa dos esmagamentos das nacionalidades fracas, senão numa esfera superior, o triunfo das atividades, o curso irresistível de um movimento industrial incomparável, e a expansão naturalíssima de países onde um individualismo esclarecido, suplantando a iniciativa oficial, sempre emperrada ou tardia, permitiu o desdobramento desafogado de todas as energias garantidas por um senso prático incomparável, por um largo sentimento de justiça e até por uma idealização maravilhosa dos mais elevados destinos da existência.
Concordando com a marca do imperialismo moderno, também caracterizada pelo grande escritor patrício, é mister não se esquecer que a história se repete e que o esmagamento das nacionalidades fracas, imbeles, desmaquinadas, que não acompanham o ritmo da civilização dos combustíveis e do ferro, ainda se pratica e se praticará por muito tempo ainda, tal o que vem ocorrendo como norma de ação da política imperialista do Japão na China, ocorreu com o aniquilamento da única nação livre que existia na África: a Etiópia,