O Brasil em face dos imperialismos modernos

tudo temos hoje em suas mãos ou dependendo de seu visto.

O japonês insinua-se forçando a vinda de seus filhos que já enquistam várias regiões do país ainda não livres de todo de massas de alemães, de italianos e de polacos que a nossa imprevidência fez localizar em núcleos, à parte, no interior do Brasil.

Para todos esses males urge remédio urgente e eficaz.

Quando meditamos sobre a posição que vem desempenhando e, mais intensamente, desempenhará o Brasil quanto ao suprimento das matérias-primas e dos minerais essenciais às indústrias e ao expandir dos grandes povos industriais e expansionistas, não é para se sorrir diante das perspectivas sombrias que envolvem o futuro do Brasil em face dos imperialismos que o ameaçam.

Considerando-se que o imperialismo norte-americano já se expandiu aqui abraçando em seus tentáculos o suprimento de energia elétrica de todo o país, os seus serviços telefônicos, o acaparamento dos terrenos potencialmente petrolíferos, a posse das jazidas de manganês, as fábricas de cimento, a manufatura de lâmpadas elétricas, de calçados, os frigoríficos e, lembrando-se mais que a nossa política de produção algodoeira contraria, fundamentalmente, os interesses de nove estados da união norte-americana, precisamos estar atentos e precavermo-nos contra os rudes e hábeis golpes que os norte-americanos, êmulo dos ingleses, nos irão desferir em defesa de seus interesses comerciais, industriais, financeiros e políticos.

Se os interesses do Brasil, quanto à borracha na Amazônia, contrariarem os interesses norte-americanos no futuro próximo, seja pela concorrência que viermos a fazer-lhes com a manufatura da borracha em nosso próprio território, seja com a nossa entrada no mercado de borracha com o produto meio acabado,

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