Em 1941 voltei para estudar os índios teneteara, uma tribo que vivia em estreito contato com brasileiros da zona rural e que estava sendo gradualmente incorporada à nação. E então, em 1942, os acontecimentos colocaram-me em contato direto com os problemas do Brasil moderno. Naquele ano, como parte de seu programa comum para o esforço de guerra, os governos do Brasil e dos Estados Unidos estabeleceram um serviço cooperativo de saúde pública que se tornou conhecido como SESP (Serviço Especial de Saúde Pública). O SESP foi concebido, a princípio, como uma medida de guerra e um de seus principais programas era fornecer assistência médica aos produtores de matérias-primas estratégicas - os seringueiros do Vale Amazônico, os emigrantes das zonas do nordeste devastadas pelas secas que demandavam o Amazonas para extrair a borracha, e os mineiros de mica e quartzo das regiões montanhosas do Brasil central. Vivendo, a maioria dessa gente, no interior, um antropólogo social, com grande experiência e conhecimento do sertão brasileiro, seria de grande utilidade para o serviço. Durante os três anos e meio em que fui membro da missão técnica brasileira do Instituto de Assuntos Inter-Americanos, ligado ao SESP, desempenhei várias funções: como membro do escritório regional do SESP no Vale Amazônico, como diretor de seu Programa de Migração, proporcionando assistência médica a milhares de pessoas que deixavam seus lares, no árido Nordeste, para trabalhar no Amazonas, como assistente do Superintendente do SESP e, finalmente, como diretor de sua Divisão de Educação Sanitária. No decorrer desses anos muito aprendi sobre o Brasil, tanto na minha qualidade de antropólogo, quanto na de administrador. Meu ponto de vista antropológico auxiliou-me enormemente