Uma comunidade amazônica: o estudo do homem nos trópicos

PREFÁCIO

Em 1939, visitei o Brasil central que, então, era uma das várias regiões do mundo que se poderiam escolher para um estudo do homem primitivo. Durante quase dezoito meses vivi entre os índios tapirapé, estudando os seus costumes. É uma tribo isolada que ainda mantém, em essência, seus costumes aborígines. Proporcionaram um excelente campo de pesquisas para o antropólogo social, mas, vivendo em seu meio, pouco aprendi sobre o Brasil moderno. Quando deixei o Brasil, em 1940, tinha a certeza de que voltaria. Meu conhecimento superficial do país, de passagem pelo Rio de Janeiro, São Paulo e Goiás, em minhas viagens de ida e volta para a aldeia dos tapirapés, deu-me a convicção de que o Brasil é um dos mais interessantes laboratórios de pesquisa para a antropologia social. Desde então tenho me dedicado, de uma maneira ou de outra, ao estudo do Brasil moderno.

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