Pernambuco e as capitanias do Norte (1530-1630) – Volume I

afagando o gentio, evitando contratempos desastrosos; a seguir ousadamente, forte do "nervo da guerra" produzido pela lavoura do açúcar, não hesitando em passar a fio de espada o selvagem ou normando bastante temerário para se lhe antepor. Assim impuseram os mamelucos de Jerónimo de Albuquerque, Felipe Cavalcanti, e seus parentes brancos, a dominação do rei de Portugal em todo o norte e nordeste, passo inicial dos empreendimentos da monarquia naquela região.

A existência das capitanias bem sucedidas está associada a tantos complexos, que tivemos de ultrapassar os limites coloniais, como fizemos em Primeiros Povoadores, para remontar a acontecimentos que influíram em nossos destinos. Aumentava a interdependência do reino e colônias à medida que se desenvolviam os núcleos pernambucanos, reforçados pela conquista da costa no espaço compreendido entre a desembocadura dos rios S .Francisco e Amazonas, de sorte que, não podemos esquecer a sua atuação dentro e fora do império português. O leitor saberá desculpar-nos se nos estendemos em demasia pelo tráfico negro, condições de transportes, ou choque de culturas, pois tais delongas são necessárias à boa compreensão da síntese histórica. Pretendemos mais tarde ao concluir esta série de estudos, aligeirá-los com a supressão de capítulos meramente subsidiários, embora tenhamos por enquanto de continuar com digressões incidentes.

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