Pernambuco e as capitanias do Norte (1530-1630) – Volume I

como se presume, de experiência no assunto. O companheiro recomendava-se como veterano navegador das paragens a serem colonizadas. Contrariou-lhes, porém, o desejo o monarca, fosse porque tivesse outros projetos, fosse por julgar demasiadas as condições que impunham.

A escolha separou uma dezena de pessoas, que o rei pensava muito indicadas graças às suas posses, ao mesmo tempo que lhes reconhecia os títulos de serviço. Presidiu à distribuição juízo salomônico, e como sempre, deu péssimo resultado. Nem todo o litoral tinha o mesmo valor, existindo longos trechos na costa leste oeste, quase inacessíveis pela dificuldade em vencer os ventos e as correntes.

Talvez prevendo queixas dos contemplados, houve quinhões intercalados nos de outros donatários, com o visível intuito de contentar a todos. Assim, as terras de Itamaracá, de Pero Lopes de Sousa, ficavam a tal distância de S. Ana, que o fidalgo teria de perder muito tempo percorrendo por via marítima o espaço que as separava, sendo muito maior e mais aventurosa a viagem realizada por terra. No começo pensara o governo em região próxima ao Rio da Prata. As reclamações espanholas fizeram com que volvessem os portugueses do sul para o norte, estendendo-se as capitanias em direção do Amazonas(8) Nota do Autor. O desconhecimento geográfico marcava

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