Pernambuco e as capitanias do Norte (1530-1630) – Volume I

imigrantes para o Brasil, e para ao reino quando foi preciso repovoar províncias devastadas. Verificado o êxito, gozava o expediente da maior aceitação junto aos conselheiros do rei. A primeira donataria do Brasil foi a ilha de S. João em 1504, confirmada sucessivamente de 1522 a 1559 a Fernão de Noronha, de quem veio a tomar o nome. A segunda ilha brasileira doada foi a da Ascenção, ou Trindade, concedida a 22 de agosto de 1539 a Belchior Camacho, em recompensa de serviços. Ambas não tiveram relação com o povoamento do continente, e pela sua pouca produtividade, caíram no olvido.

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Em 28 de setembro de 1532, estando ainda Martim Afonso em S. Vicente, mandou-lhe D. João III uma carta, por intermédio de João de Sousa, em que informava da resolução de dividir o Brasil em capitanias. Soubera continuarem as relações de franceses com as tribos de Pernambuco, fazendo-se mister urgentes providências "Seria um serviço povoar-se toda essa costa do Brasil, e algumas pessoas me requeriam capitanias em terras della...", escrevia el-rei aludindo a João Melo da Camara e Cristovam Jaques, que desejavam superintender o povoamento do litoral a suas expensas, em troca de vantagens. O primeiro era descendente de conhecida família de colonizadores das ilhas da Madeira, S. Miguel e S. Tomé, dispondo

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