entre as duas coroas. Misturaram-se os oficiais e a maruja com os habitantes do lugar, para melhor entendimento de todos.
Não nos legou infelizmente Caboto dados sobre o aspeto da feitoria, bem rudimentar com toda certeza, simples barracão no começo, rodeado de toscas paliçadas. Aventuramos estas suposições pelos recursos ao alcance dos europeus da região, e os poucos meios de que podiam dispor as naus que aí ancoravam.
As principais informações da época sobre viagens eram os pleitos judiciais e a que davam origem. Ficamos sabendo pelas desinteligências de Caboto com a tripulação, que tinham chegado em princípios de junho de 1526 em "Fernandbuco, adonde el serenissimo Rey de Portugal tiene una casa fuerte con un factor é doce personas", (14) Nota do Autor. Na ocasião o "factor" supracitado era Manoel de Braga, auxiliado por um português, Jorge Gomes, que muito se acamaradou com os espanhóis. Contaram ambos tantas maravilhas do Rio da Prata, que transtornaram a cabeça do comandante. Pensava Toríbio de Medina que o veneziano já vinha com planos muito diferentes dos que lhe dera o imperador: "Lo que ocurrio en Pernambuco y luego en Santa Catalina no fué sino la segunda parte del gran embuste que