nessas cartas encontramos quadro fiel da zona, tornada relevantíssima nas operações do sul, pois abastecia aos combatentes. O Memorial de Adriano Verdonck alude às minas preciosas que pensava existir no rio S. Francisco, ao lado de grandes jazidas de salitre. Demora-se, igualmente, sobre a criação de gado, principal produto dos campos alagoanos. Segundo os holandeses, a parte sulina da capitania de Pernambuco abastecia os matadouros da Bahia e maiores vilas do nordeste, assim como dava os animais de sela e tiro às fazendas e aos engenhos.
O relatório de Verdonck foi apresentado ao Conselho dos holandeses no Brasil em 1630, sendo muito interessante o que menciona das condições dos portugueses no momento da derrota das suas armas. A respeito de Porto Calvo, feudo dos Lins ao norte do atual Estado de Alagoas, asseverava contar com poucos habitantes, agrupados em sete ou oito engenhos de açúcar. Distavam cerca de cinco milhas do mar, para onde iam as mercadorias por "um rio de nove a dez braças de fundo", o Manguaba, que passa por Porto Calvo a 27 quilômetros da sua foz, mas não tem no lugar a profundidade que o flamengo lhe empresta. Ao lado das roças de cana, plantava-se "muito fumo", com que, durante longo tempo, narram os cronistas portugueses, se fez exportação para a África, onde era muito apreciado dos sobas e concorria para o tráfico de escravos. Além disto, preparavam, ainda, os habitantes muita