Pernambuco e as capitanias do Norte (1530-1630) – Volume II

No seu Diário, escreve Nássau que as propriedades assoladas pela guerra, eram obrigadas a cessar toda atividade quando desprovidas de bois, e assim, quem dominasse o S. Francisco dominaria também o adversário. No momento em que o príncipe escrevia, os senhores de engenho alagoanos viviam no meio de parentes, afins, agregados, criados, escravos, e tinham relações com índios amigos, que no desenrolar dos acontecimentos, os ajudariam em todas as circunstâncias. Alguns desses proprietários se levantaram contra os holandeses, como Valentim da Rocha Pita, Francisco Velanes, os irmãos Brito, André da Rocha Dantas, João Velho, Gaspar Gonçalves Neiva, Manoel Gonçalves Marsagão (ou Massagão). Outros tiveram de colaborar com o invasor, destacando-se nas atas da assembleia geral presidida por Maurício de Nassau em 1640, os nomes de Bartholomeu Lins de Albuquerque, Francisco de Sousa Falcão, Domingos Gonçalves Massagão, Francisco Rabello da Silva, Miguel de Almeida Botelho e Vasco Marinho Falcão, gesto de que não podem ser culpados, quando vemos o desânimo do novo monarca bragantino e os planos acomodatícios do padre António Vieira, tendentes a aplacar as hostilidades luso-holandesas com o sacrifício das possessões ultramarinas.

O intercâmbio entre os diversos povoados da costa era realizado pela estrada principal de Olinda ao Penedo, de que já falamos, correndo ora à vista

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