estudo sobre Leverger, o bretão cuiabanizado:(5) Nota do Autor "Não debuxaremos, por desnecessário, o quadro da vitoriosa passeata militar, que foi a invasão paraguaia, vingativa do rechaçoo infringido a D. Lázaro Ribeira pelo coronel Ricardo Franco, ao alvorecer do século.
1864 constitui a antítese de 1801.
Ao embate dos assaltantes, Coimbra cedeu. Corumbá, pavorada e acéfala, apesar de hospedar então o Comandante das Armas, despovoou-se em trágica retirada, durante a qual os fugitivos mal vislumbraram benefícios da disciplina organizada na coluna de um bravo: Oliveira Melo, semples tenente, cuja assistência foi solicitada pelos retardatários.
Partiram atabalhoadamente e iam se esfacelando pelo caminho, de tal maneira, que chegaram, aos magotes, a Cuiabá, uns por água, em navios, pranchas, igarités, ou simples montarias e outros por terra, desde princípios de janeiro, até fins de abril.
Todavia, no extremo sul, Antônio João paralisava, com sua loucura patriótica, a numerosa cavalaria inimiga, até que se completasse o heroico sacrifício, que lhe abriu as portas do panteão brasileiro. 'Sei que morro, mas o meu sangue e o dos meus companheiros servirá de solene protesto contra a invasão pelo estrangeiro do solo de minha pátria'.
Disse e cumpriu serenamente, fazendo atacar, com seus 15 heroicos comandados, os 300 cavalarianos de Urbieta. Do seu feito, não se teve ciência por longos meses, mas, da fuga desordenada prestes Cuiabá conheceu as minudências quando, pela tarde de 6, chegou o vapor 'Corumbá' em que viajava o tenente-coronel Portocarrero, comandante de Coimbra. Narrou minuciosamente o que fora a investida ao forte, a 27 e 28 de dezembro e a sua evacuação estrategicamente realizada, sem perda alguma, nem perseguição do inimigo.