A invasão paraguaia no Brasil

Não pensávamos fosse possível o paraguaio transpor dois rios como o Paraná e o Uruguai - e, com um Exército de velhos e crianças, como nos haviam informado, - pisar o solo brasileiro. Bem ao contrário: julgávamos que, muito antes dele se aproximar iríamos levar-lhe a guerra à própria casa...

Os reforços, porém, demoraram demais... E quando vieram, S. Borja era, já, presa de Solano López...

O que fizeram, aí, em Itaqui e Uruguaiana, dizem-no os documentos que compõem esta obra.

Depois de dois meses de viagem militar pelo Rio Grande chegam a Uruguaiana (5 de agosto) onde se estabelecem. E aí ficam até que, finalmente, depois de saqueada e incendiada, como S. Borja, se entrega, feliz, ao Brasil, no dia 18 de setembro.

Historiando os fatos, demos a palavra a Augusto Fausto de Souza, tenente-coronel do Exército:(15) Nota do Autor

"Desconfiavam agora os chefes paraguaios que, os batalhões brasileiros quando escoltavam sem pelejar, o Exército audaz que afrontava o território de sua Pátria, não procederam assim por fraqueza ou falta de vontade de o destruir, mas obedeciam a ordens do seu general Canabarro, não compreendendo contudo, se tais ordens procediam de falta de decisão do general brasileiro, ou se este realizava uma ideia, em virtude da qual, auxiliado inconscientemente pelos invasores, achavam-se estes presentemente encurralados na cidade, bem vigiados e com poucas probabilidades de se escaparem. Com efeito, na sua frente, junto ao arroio Itapitocaí, acampava a divisão de cavalaria do barão de Jacuí; no seu flanco esquerdo e retaguarda estendia-se a divisão do general Canabarro; e no dia 21, no momento em que assumira o comando geral o barão de Porto Alegre que chegara na véspera ao anoitecer, surgia também rio acima uma esquadrilha composta dos vapores 'Taquari' e 'Tramandaí' rebocando duas chatas armadas, a qual sob as ordens

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