A invasão paraguaia no Brasil

o tenente-coronel de comissão Antônio Enéas Gustavo Galvão, por ser no Exército de patente inferior à minha.(37) Nota do Autor

Desde então tomei as mais enérgicas providências sobre os meios de passagem do rio Miranda, que se achava muito cheio, afogando-se por ocasião da transposição duas praças e o sr. capitão Antônio Dionísio do Souto Gondim, arrebatados pela muita correnteza das águas. Procurei desde logo impedir o desânimo que lavrava e sobre tudo conter o espírito de desobediência que de dia em dia se pronunciava mais claramente.

O soldado brasileiro é felizmente fácil em sujeitar-se e subordinar-se. Alguns atos de rigor vieram calar no espírito de todos, produzindo excelente resultado. Além disso, a moléstia reinante apresentou melhoras, permitindo alento que foi logo por mim aproveitado a bem da disciplina.

A causa daquela modificação higiênica foi a quantidade extrema de limões e laranjas que a nossa soldadesca encontrou no pomar da Fazenda do Jardim, como o específica a parte dos médicos.

Os dias 30, 31 de maio e 1º de junho, foram todos empregados na passagem do rio, que se conservou sempre cheio, dando apenas péssimo e perigoso vau. Com dificuldade passaram as nossas quatro peças e armões, havendo sido queimados os carros monchegos, forja e galera, para dar carne às praças como haviam decidido os comandantes de corpos em reunião, do que existe ata, cuja cópia tenho a honra de remeter a V. Exª. Esforcei-me

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