A invasão paraguaia no Brasil

Cada comandante de corpo houve-se nos inúmeros encontros com o inimigo, por modo acima de elogio. O sr. capitão Pedro José Rufino distinguiu-se pela intrepidez e ousadia de seus movimentos, o sr. tenente-coronel de comissão Antônio Enéas Gustavo Galvão, comandante do batalhão n° 17 de Voluntários da Pátria, pela reflexão e coragem; o sr. capitão Joaquim Ferreira de Paiva, do batalhão n° 20, pela tranquillidade e sangue-frio que se refletiu por vezes sobre seu batalhão, e sr. major de comissão bacharel João Thomaz de Cantuária pela sua placidez, energia e tenacidade em dirigir fogo certeiro e constante com as quatro bocas de fogo do corpo de artilharia que comandava.

Durante os combates achei-me à frente do batalhão n° 21 de infantaria, e com orgulho afianço a V. Exª. que em muitas ocasiões a atitude que assumiu aquele batalhão chamou as vistas de toda força.

As partes que junto passo às mãos de V. Exª. especificam os nomes dos oficiais que mais coadjuvaram aqueles comandantes, merecendo deles menção honrosa.

Os dois médicos junto a esta coluna, portaram-se sempre com a caridade e dedicação que a ciência recomenda, e que as leis militares deles exigem.

Os dignos e inteligentes primeiros-cirurgiões drs. Cândido Manuel de Oliveira Quintana e Manuel de Aragão Gesteira curavam os feridos nos campos de ação, desenvolvendo por ocasião do aparecimento do cólera, atividade incansável, sempre solícitos pelo estado do soldado enfermo, apesar de lutarem com a falta absoluta de medicamentos.

O único capelão que se achava junto a esta força, o alferes da Repartição Eclesiástica Antônio Augusto do Carmo, estava gozando de um mês de licença nos Morros quando se marchou para Bela Vista.

Acabada ela vinha reunir-se a nós, quando em caminho foi feito prisioneiro por uma ronda inimiga, não se achando ao certo o destino que teve aquele infeliz sacerdote.

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