A invasão paraguaia no Brasil

Eis, Exmo. sr., a narração sucinta de tudo quanto ocorreu às forças em operações no sul da província de Mato Grosso, desde os primeiros dias do mês de maio até a data presente.

Deus guarde a V. Exª. - Quartel do comando interino das forças em operação no sul da província de Mato Grosso. Acampamento junto à margem esquerda do rio Aquidauana, 16 de julho de 1867 - Ilmo. e Exmo. sr. dr. José Vieira Couto de Magalhães - Presidente da província. - José Tomás Gonçalves, major de comissão comandante interino das forças.

XII

Interrogatório feito na Repartição do deputado do ajudante general junto ao comando em chefe, ao indivíduo Luiz, crioulo, que declarou: Ignorar sua idade, e ser escravo de Antônio Cândido d'Oliveira, brasileiro, natural da província de Minas, residente em Miranda, prisioneiro das forças paraguaias quando invadiram aquela vila, bem como toda sua família, constante de mulher, filhos, quatro genros e quatro escravos incluindo-se nesse número o interrogado.

Declarou que quando vieram os membros dessa família e outros brasileiros presos, ficaram as senhoras na vila da Conceição e os homens foram trazidos para trabalharem no caminho de ferro.

Que Antônio Cândido d'Oliveira morreu, bem como um dos genros de nome Pascoal; que depois dos combates de Lomas Valentinas foi ele interrogado mandado com outros brasileiros que trabalhavam no caminho de ferro para as Cordilheiras sendo esses brasileiros mais de cem, parte prisioneiros em Mato Grosso, e outra parte soldadas do Exército, que invadiu o Paraguai pelo Paraná.

Que o lugar para onde foram mandados chama-se Caacupé, distante oito léguas daqui, acrescentando que saindo-se de Assunção pela alvorada, a pé, ao meio-dia se chega ao Taquaral, lugar onde se acha uma estação do caminho de ferro.

A invasão paraguaia no Brasil - Página 693 - Thumb Visualização
Formato
Texto