A Bahia e as capitanias do centro do Brasil (1530-1626). História da formação da sociedade brasileira. Tomo 2º

Compunha-se a 8 de maio de 1553 o séquito de D. Duarte da Costa, de pouco mais de 250 pessoas, contando-se entre as principais o primogênito do Governador, D. Álvaro da Costa, e os padres jesuítas Brás Lourenço e Ambrósio Pires, sob chefia de Luis da Grã, acolitados pelos irmãos, João Gonçalves, António Blasquez, Gregório Serrão e Joseph de Anchieta, que ia ser o Apóstolo do Brasil. Figuravam também os filhos do malogrado donatário do Maranhão, João de Barros, em trânsito para a sua donatária, numa tentativa de salvar alguma coisa da herança paterna. Iam, mais, as órfãs mandadas pela rainha sob guarda de Maria Dias, para se casarem com reinóis desejosos de permanecer na colônia. Na lista elaborada por Pedro Calmon encontramos Violante de Eça, Inês da Silva e Clemência Dória, que o historiador pensa aparentada com ilustres patrícios de Veneza. A essas raparigas deve-se acrescentar a mencionada por D. Duarte, na carta a El-Rei de 3 de abril de 1555, em que notícia o casamento da órfã com Sebastião de Elvas. Vinham ainda os habituais elementos pertencentes à organização colonial; funcionários civis, militares e eclesiásticos; em que, de permeio, se contavam artífices e mais obreiros utilíssimos para o tempo e lugar. Como indicamos em volume anterior, muitos dos marujos e soldados remetidos para os presídios ultramarinos incidiam em atividades de dupla profissão, lembrados da antiga que tinham antes de entrar para as fileiras, ou ganhando nova segundo as necessidades da região onde as funções criavam órgãos.(3) Nota do Autor

Desse núcleo em vésperas de representar no cenário americano, o elemento que ia ter ação mais poderosa

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