A Bahia e as capitanias do centro do Brasil (1530-1626). História da formação da sociedade brasileira. Tomo 2º

novas concepções político-sociais, proporcionavam argumentos aos "esclarecidos" e à sua propaganda, suscitando apaixonados comentários em torno de viagens reais ou imaginárias, em que a primitivez do índio era delirantemente enaltecida.(4) Nota do Autor Ultrapassavam, no entanto, o quadro imaginado pelos panegiristas da vida tranquila e pura, adeptos de regiões elísias onde se ignoravam as "letras de cachet" precursoras de polícias especiais. Nos primeiros governos gerais, a catequese dos jesuítas se assemelhava à proteção do desembarque numa cabeça de ponte, hoje praticada pelos aviões da Força Aérea que antecedem as tropas de infantaria. Vinha completar o trabalho da quinta coluna representada pelos primeiros povoadores da nossa proto-história. Ocioso dizer, que de qualquer maneira, dar-se-ia a ocupação do litoral, a despeito de maior ou menor resistência do gentio, contudo, os resultados da oposição provavelmente erguida sem a presença desses dois fatores, teriam sido muito diversos. Se o primeiro valeu a Martim Afonso e Duarte Coelho, o segundo teve papel decisivo na evolução da colônia no sentido luso, abrindo o litoral e o sertão ao reinol, pacificando o índio, norteando bandeiras, conservando usos, costumes, religiões e tradições do ocidente na terra virgem, além de presidir com a sua alta cultura ao ensino de grandes e pequenos, burgueses e proletários, escravos e classe dirigente, num conjunto que facultou ao Brasil se manter unido, e se dilatar pela América no correr do tempo.

Entretanto, à medida que a fase primeira ia sendo vencida, e os povoadores chegavam atrás do funcionalismo - que também era povoador.(5) Nota do Autor - mais

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