Ordenara El-Rei a fim de proteger o escoamento do minério se fizesse um fortim em cada 50 léguas do percurso. Supõe o Sr. H. Kruse, contratado para fazer pesquisas por conta do Serviço do Patrimônio Histórico, ter descoberto restos desses blockhaus, que fotografou e constam no trabalho do Dr. Pirajá da Silva sobre Gabriel Soares. Segundo Pedro Barbosa Leal, a expedição teria atravessado as matas de Jaguaripe até a serra do Guairiru, onde fez uma casa forte que por muitos anos subsistiu. Continuando a marcha levantou outra depois de transpor o Paraguaçu, defronte da futura vila de João Amaro, que teve a sina de servir posteriormente de reduto aos índios da "nação topim", diz o Coronel, pesadelo no século XVIII dos viajantes da estrada do rio das Contas e do dito Paraguaçu. Desse ponto, prosseguiram os expedicionários para a serra do Orobó, e aí levantaram outra casa forte. Pensa o militar, por informação de antigos, que o senhor de engenho nela deixou uma peça de artilharia, cujo transporte representa verdadeira façanha, arrastada como foi até aquelas longínquas paragens, através de serras ínvias, rios profundos e desertos estéreis. No percurso ter-se-ia verificado o acerto do famoso roteiro, enveredando entre Jacobina e o Paramirim do rio das Contas, "onde se perdeu e morreu Gabriel Soares com toda a sua tropa". A causa do desastre fora o repentino conflito entre o gentio cedido pelos jesuítas, e o bravo que os expedicionários tiveram a imprudência de ajuntar pelo caminho. Pelos modos parecia que Gabriel não via um selvícola sem tentação de preá-lo, ou pelo menos, trazê-lo consigo. Interveio para mais com desastrada energia na pendência, num rompante mais próprio de dono de senzala do que de prudente Capitão, o que provocou a deserção de gregos e troianos, que o largaram gravemente