A Bahia e as capitanias do centro do Brasil (1530-1626). História da formação da sociedade brasileira. Tomo 2º

de que se compunha, além de que os flamengos estavam de há muito associados ao comércio de gêneros exóticos na Europa onde sobrelevava o açúcar. Vinham com o senhor de engenho cerca de 360 homens de armas e quatro religiosos carmelitas, dos quais Fr. Gerónimo de Carvalho - ou Canavezes, segundo costume de certas ordens religiosas de pospor o lugar de origem ao prenome dos seus irmãos - ao depois organizador e provincial dos carmelitas no Brasil. Na chegada foram infelizes, porquanto a urca naufragou numa enseada não longe do Salvador, com mortes e perdas de material, devendo seguir Gabriel por terra até a Bahia. Aí recebeu o prometido auxílio de D. Francisco, que mandou compulsoriamente buscar índios nas aldeias dos jesuítas por serem as de maior confiança. Feito isto, ajuntou-se gente e apetrechos no engenho de Jaguaripe, erigido em ponto de partida e base dos expedicionários. A coluna foi dividida em dois troços, respectivamente, sob comando de João Homem, filho de Garcia de Ávila, e de Francisco Zorilla, constando de dois capelães Jácomo de Queirós e Manuel Álvares, porque os jesuítas a muito custo tinham cedido índios, e de todo se mostravam como já vimos, avessos em acompanhar a expedição.(69) Nota do Autor Figurava ainda a título de técnico em minas, Marcos Ferreira, tido por autoridade na matéria depois do desaparecimento de Felipe Guilhem.

A Bahia e as capitanias do centro do Brasil (1530-1626). História da formação da sociedade brasileira.  Tomo 2º  - Página 265 - Thumb Visualização
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