impor-se a ninguém, sem ambição aparente de poderio e popularidade.
Aplicava-se-lhe a frase de Chateaubriand: não ia aos acontecimentos; os acontecimentos vinham a ele.
O Dr. Luiz da Câmara Cascudo busca explicar com observações engenhosas, convincentes, às vezes, tão afortunada carreira.
Para nós, Olinda dispunha de peregrinos dons de inteligência e caráter, aperfeiçoados pela meditação e experiência.
Possuía, sobretudo, o tato, a medida, a discrição, a paciência, invulgares dos políticos ibero-americanos.
Entendia, como abalizado pensador, que governar é pactuar e pactuar não é ceder.
Pensava, como outras sumidades no assunto, que o próprio dom do homem de Estado é saber escolher entre grandes inconvenientes; que a verdadeira ciência consiste no bom senso organizado; que os grandes acontecimentos históricos não se podem realizar mediante cálculos humanos; que o homem político não deve encerrar-se num sistema imutável, de sorte que, não procedendo imortalmente, deve tirar partido das circunstâncias; que o homem pode governar a embarcação que navega no rio; que não lhe é dado produzir os sucessos decisivos, mas observar o