PRELIMINAR
Mentalidade dirigente e massa dirigida. O Brasil e a Europa. O Brasil e América. Influências e sugestões. Espírito da formação nacional. A figura do marquês de Olinda.
Qual teria sido no Brasil reino e nos dois tempos do Império o papel do marquês de Olinda? Seu lugar na galeria, o ponto na situação política, a praça na fila dos homens que criaram o espírito do país e a superstição de partido no Brasil?
Os dois partidos, Liberal e Conservador, eram lados dum ângulo reto. O Imperador significava o vértice. Seus programas copiavam-se mutuamente. Seus chefes eram os mesmos na prática, na identidade de ação, na coordenada técnica das aptidões pessoais. Nem por voarem em direções diversas perdiam eles a vista do mesmo horizonte e o alcance ao mesmo sol deslumbrante.
O partido Conservador recebera o país que os liberais libertaram de dom Pedro I. Libertaram daquele meneur impetuoso e moço que levaria a pátria nova a constituir-se reino militar no continente. O Conservador surgiu lastreando o empuxo irresistível do Sete de Abril. O ímpeto fora desmarcado e, apeadas as duas primeiras