O Marquês de Olinda e seu tempo (1793-1870)

Qual o seu lugar na galeria dos nossos estadistas?

Quais os méritos e serviços que lhe angariaram a confiança dos contemporâneos e o designaram para os postos de direção e comando?

A fim de responder a estas interrogações, descreve o Dr. Luiz da Câmara Cascudo o seu biógrafo, filho de abastado senhor de engenho, desde os estudos primários e secundários em Pernambuco; a sua ida aos 20 anos para Coimbra, onde se doutorou em cânones; as suas viagens à Inglaterra, França e Itália; as assembleias de que foi membro, os ministérios de que fez parte, sendo o primeiro durante três dias, sob o fundador do Império; os sufrágios que conseguiu para os cargos eletivos; o seu prestígio, constante, a ponto de o compararem a um rei constitucional e o chamarem vice-imperador.

E, a propósito de tudo isto, examina, de forma incisiva e pitoresca, os vazios meios em que o Marquês agiu e as individualidades com quem lidou, - Barbacena, Evaristo da Veiga, Feijó, Euzebio, Uruguay, Abaeté, Caxias, Octaviano, Nabuco, etc.

Quantos impressionantes perfis psicológicos!

E não era orador, nem escritor, nem agitador, mas retraído, hirto, seco, não buscando

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