O Visconde de Abaeté

concedida aquela competência, o qual foi enviado ao Paço para prestar informações.

Aguardava na Corte a solução desse pedido, quando se deram os acontecimentos de 26 de fevereiro que serão tratados no capítulo seguinte, e em virtude dos quais foi resolvido o regresso da família real.

Devido às férias forenses, o Tribunal não satisfazia aos informes, e como se aproximasse o regresso de D. João VI, dirigiu a este um terceiro requerimento, insistindo pelo deferimento do segundo.

Para serem dispensadas as informações do Paço, invocou um caso idêntico ao seu, ocorrido com o ouvidor da província do Pará, e entre outros motivos alegou a sua situação de sobrinho do então Ministro da Marinha (Monteiro Torres) e o fato de não ter seu pai recebido qualquer remuneração pelos trabalhos feitos por ordem régia...

Devido, no entanto, ao estado de espírito da Corte, com os aprestos da partida, o segundo requerimento só foi atendido pouco depois, sob a regência do Príncipe D. Pedro.

Regularizada a sua situação, Limpo de Abreu seguiu para São João del Rei, onde assumiu o exercício da judicatura aos 22 de junho daquele ano, conforme consta do termo do livro de atas, existente na biblioteca da Câmara daquela cidade.

Era, então, o cargo de juiz de fora um dos melhores lugares para o início da carreira de um bacharel.

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