O Visconde de Abaeté

Limpo de Abreu era a princípio apenas partidário da constitucionalização: a ideia de separação só surgiu mais tarde, ante o incorreto procedimento de D. João VI. Achava-se já no exercício das funções, quando aos 16 de setembro foi a Ouro Preto, juntamente com quatro eleitores sanjoanenses designados pela Câmara, para eleger o governo provisional da Capitania.

Chegando à capital aos 23 do referido mês, os eleitores sanjoanenses encontraram o governo já eleito desde o dia 20, em desobediência às instruções do Regente, que tinha designado o dia 1 de outubro para se efetuarem as eleições.

Tal resolução tinha sido tomada por alguns mineiros exaltados, desconfiados do tratamento desigual dado pelo Regente a Minas Gerais em relação às outras capitanias, tendo à frente do movimento o tenente-coronel José Maria Pinto Peixoto, investido pelo novo governo no posto de brigadeiro e no cargo de comandante geral das armas.

Muito embora reconhecesse que foi "a vontade dos povos inconsiderada e nulamente enunciada aos 20 de setembro", Limpo de Abreu, os demais eleitores sanjoanenses, e os de São José del Rei e Sabará, acharam que o mais acertado e prudente seria aderir ao fato consumado, o que imediatamente fizeram, sendo lavrada, logo no dia seguinte, uma ata aprovando a eleição.

Ao findar do ano, chegaram à Corte dous decretos vindos de Lisboa, em virtude dos quais o Brasil retrocedia

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