de escravos – se lhe graduava a aristocracia. "As famílias não têm educação, nem a podem ter com o tráfico de escravos", dizia José Bonifácio. Isso observara Montesquieu dos peninsulares: "Quem permanece assentado dez horas por dia consegue precisamente o dobro do apreço de quem não o está mais que cinco, porque adquire a nobreza refastelando-se o homem numa cadeira" (9) Nota do Autor. Em Minas Gerais, nunca se vira homem branco tomar nas mãos um instrumento agrário, afirmou Southey (10) Nota do Autor. O governador Paes de Sande dissera, em 1692, dos paulistas: "aquele cuja muita pobreza lhe não permite ter quem o sirva, se sujeita, antes, a andar muitos anos pelo sertão em busca de quem o sirva do que a servir a outrem um só dia". Formou-se assim uma elite preguiçosa, a manejar uma população negra, cada vez mais densa e misturada. E a classificação social simplificou-se. Primitivamente, fora de colonos e degredados. Depois, de portugueses, índios e mestiços. Já agora, era de brancos, pardos e pretos. A cor significava nobreza (11) Nota do Autor; havia uma comum origem plebeia – o tronco africano; na elaboração de uma sub-raça brancoide consistiu a elevação e a reabilitação do homem. Que, na frase do padre Loretto Couto, "todo aquele que é branco na cor, entende estar fora da esfera vulgar..." Ao europeu, mesmo ao degredado, por algum dos 250 casos de