do Bacharel de cor se fazendo expressão já arrogante dos seus próprios direitos. Querendo livrar-se quase revolucionariamente da subordinação ao branco.
Motivou o grito de orgulho e até de arrogância do Dr. Dacia o fato de não lhe terem admitido às funções de Juiz de Fato. Mas noutro jornal da mesma época surge-nos voz bem mais brasileira, isto é, bem mais acomodatícia, discutindo o assunto. Embora o jornal se chame Sentinela da Liberdade na sua primeira Guarita, a de Pernambuco, onde hoje brada Alerta!! os termos do artigo são todos no sentido da acomodação: "Pergunto qual é mais: ser Juiz de Fato, ou ser Padre, Deputado, Senador, Ministro d'Estado, Oficial Militar, Camarista, Lente de Academias, Magistrado, Empregado em Tribunais etc.? Parece-me que todos estes cargos são maiores do que ser jurado. Ora, nós vemos Padres pardos e pretos (o meu Vigário na Bahia era preto), vemos um Senador pardo, um Deputado Rebouças pardo, membros das Câmaras municipais pardos e o Senhor Canamerim de cor preta em circunstâncias de tomar assento na Câmara da Bahia: vemos na Medicina e Cirurgia pardos, meus honrados amigos e companheiros; vemos Lentes de Academias médicas pardos em grande número; temos visto Ministros d'Estado pardos; e nos tribunais estão pardos; nas Relações também pardos: e nos Cursos Jurídicos estudam pardos; em todas as sociedades chamadas Secretas estão pardos nossos Caríssimos Irmãos; & nada pois influi o acidente das cores pois andamos iguais em direitos, em tudo ocupamos lugares e cargos sem distinção mais do que nas luzes e comportamento... É pois necessário despir prevenções e chamar os ânimos à conciliação, evitando estímulos sem justo motivo; todos somos filhos da Pátria; ela pertence a todos; nós a devemos amar, socorrer, defender e pôr em sossego, porque isto redunda em nosso benefício; haja união bem cerrada em nossas almas..."