Aliás, hoje se conhecem três variedades de schistosomo: — o "hematóbio", descoberto por Bilharz, que produz a "hematúria" do Egito ou bilharziose vesical; o "mansonio", antevisto por Patrick Manson, que provoca a "disenteria" mansoniana ou schistosomose americana de Pirajá da Silva; e o "japônico", que determina a schistosomose "hepática" ou enfermidade de Katayama, seu conhecido pesquisador.
Os dois primeiros destes parasitos, que são reconhecidamente originados da África, onde vivem, com frequência, associados um ao outro, vieram para o Brasil trazidos pelos negros escravizados, com os quais os nossos primeiros colonizadores entenderam povoar as nossas terras, nos primeiros tempos do seu descobrimento.
Carecendo estes dois vermes sanguícolas de um hospedeiro intermediário para complemento do seu ciclo evolutivo, o schistosomo hematóbio de Bilharz, por faltar-lhe este hospedeiro, não pôde subsistir no Brasil; não acontecendo infelizmente, o mesmo com o schistosomo de Manson que aqui, em diversas localidades, o encontrou em abundância, oferecendo-lhe farta e cômoda hospedagem, antes de ele se assestar, em definitivo, no organismo humano.
Eu estou muito convencido que o schistosorno, depois estudado muito bem por Patrick Manson,