Deste modo, a América Portuguesa se transformou num monstruoso mercado de africanos escravizados, chegando o tráfico, em nosso país, atingir a proporções inacreditáveis; e isto muito pouco tempo depois do seu descobrimento.
Negros de Angola, de Luanda, de Moçambique, de Guiné, do Cabo Verde, da Ilha do Príncipe, de S. Thomé e do Congo. Negros de todas as castas — Bantús, Haussás, Nagós, Géges, Minas, Tapas, Barnús, Macúas, Cabindas, Anjicos, Cacheos, Bissáos, Mandingas e Sudaneses — para citar somente os que vieram em mais fortes proporções — aqui chegaram em profusão e em promiscuidade a fim de se incumbirem dos mais rudes trabalhos, tanto nos campos, como nos domicílios.
E, concomitantemente com os negros escravizados, aportaram inúmeras doenças para enriquecerem solenemente o nosso quadro nosológico, até então de uma saIutaríssima pobreza.
As plagas africanas, tropicais em grande extensão, como as nossas terras; com um mesmo ou quase um mesmo clima; com a mesma umidade desconcertante; com um mesmo sol de escaldar, nos dias de estiagem; com a mesma elevada temperatura, variando, em média, nos limites de vinte e cinco a vinte e seis graus centígrados;