Foi isto, justamente, o que sucedeu. A doença importada, há longos anos, para o nosso meio, aqui encontrou ótimas condições de temperatura e de outros fatores climáticos para sua sobrevivência; magníficos hospedeiros para sua proliferação; e excelente terreno para se perpetuar, entre nós.

Por muito tempo conheciam-se somente os variadíssimos sintomas pelos quais a doença se manifestava, sem se atinar, de modo algum, com a causa ou as causas que a determinavam.

Fatores múltiplos foram aventados para explicar esta doença proteiforme do sistema linfático, antes de se atribuí-la aos seus verda- deiros agentes patogênicos — "as filárias" — sendo, mesmo, o ponto de partida para sua descoberta o schistosomo hematóbio, ao qual se pretendeu responsabilizar pelos insólitos estados patológicos que estou procurando pôr em foco.

A descoberta das filárias, no organismo humano, foi obra do acaso, conforme conta o erudito e saudoso professor Pedro Severiano de Magalhães (155) Nota do Autor, numa conferência que proferiu em Paris, a pedido do professor Reclus, no "Hospital