Doenças Africanas no Brasil

como para significar, talvez, que se tratava de "um mal que já passou" ou que estava no mais franco declínio, em nossa constituição médica.

Isto no decorrer do ano de 1648.

Era uma afecção do baixo ventre e das porções terminais do tubo gastrointestinal — inflammatio anis — acompanhada de febre intensa, desfalecimento e sonolência e que, nos casos graves, tão frequentes, terminava por gangrena que matava o paciente de um modo cruel e doloroso.

Guilherme Pison fazia muita questão de distinguir o maculo das hemorróidas ou "almorreimas" e isto de um modo radical, acrescentando que os "curadores" ou curandeiros da terra tinham como praxe, que seguiam restritamente, informarem, a miúde, do estado do reto porque esta doença "era um calor e podridão do ânus, com úlceras roedoras, com ou sem hemorragias, puxos e grassando no verão" (20) Nota do Autor.

Não mais elucidativo que Guilherme Pison foi o Dr. Rodrigues de Abreu, distinto prático e ilustrado escritor, que por aqui andou em começos do século dezoito.

Médico da Casa Real Portuguesa e Físico-Mor da Armada, Rodrigues de Abreu se refere