"A parte temperada da América do Norte, estendendo-se em largos espaços, oferecia as melhores condições para tornar-se a pátria de uma raça procedente das regiões setentrionais da Europa.
Estes territórios não eram por assim dizer habitados, e as tribos aborígenes, apesar de bravas e belicosas, mas em número pequeno, não constituíam um obstáculo sério à colonização.
Havia por toda a parte terra apropriada à cultura, quase até os Montes Rochosos. Só três seculos depois da instalação dos primeiros colonos ingleses na Virgínia, século e meio após a declaração da independência, é que as terras aráveis disponíveis se vão tornando raras!
Em inúmeras superfícies de solo fértil existiam soberbas florestas e riquezas minerais, que séculos de exploração ainda não puderam esgotar."
O contrário se passou e se passa conosco.
A terra brasileira, cedo desvirginada pelo aventureiro luso, era mais montanhosa, menos fértil, menos apta às culturas europeias, de acesso mais difícil, povoada de aborígenes mais numerosos e mais bravios, de reptis mais venenosos, de clima pior para o europeu, sujeita às febres e moléstias dos climas tropicais, enfim, inteiramente de condições diversos à terra que servia de cenário à atividade dos ingleses no Novo Mundo!
Jamais tivemos condições físicas, geológicas, topográficas e climatéricas propícias ao desenvolvimento do trabalho humano como as que cedo os anglo-saxões encontraram na América do Norte.
Os colonos peninsulares, e suas "máquinas de trabalho", os escravos negros, aqui foram