A política que convém ao Brasil

obrigados a permanecer premidos numa faixa estreitíssima, insalubre, árida, inóspita, no litoral amplíssimo, e quedaram-se diante da serra circundada de caatingas. Somente depois que penetraram os sertões, seguiram e desceram os cursos dos grandes rios que vão pelo interior adentro, foram ampliar a nossa base física e povoar o interior do país, iniciando o ciclo das bandeiras que tivemos no alvorecer de nossa pátria, ciclo esse cujo móvel principal foi a ambição de riquezas supostas existentes no interior do país.

Então, dilata-se a área do Brasil, até à sua quase amplitude atual e a população nacional dispersa-se e vai ficar disseminada em pequenos nódulos espalhados numa área amplíssima, que serve de cenário à nacionalidade de que tanto nos orgulhamos hoje.

Em vez de dilatarmos a nossa área centralizados, como os colonos ingleses da Nova Inglaterra, dispersamo-nos numa base física enorme e, nessa dispersão, nossos esforços deixaram de ser harmônicos.

Eis porque enquanto a América do Norte se civilizava, trabalhava e constituía o seu futuro poderio industrial, nossos avós preavam índios, para escravizar, faziam tropelias nos sertões; exploravam o braço escravo, ou levavam uma vida improdutiva, luxuosa e desregrada nos haréns tropicais!...

É por isso que, apesar de termos tido população muito maior do que a dos Estados Unidos da América, em 1831, no início de sua colonização, dispersos nos sertões, isolados nos latifúndios, ou ociosamente vegetando nas cidades, não

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