Quando se fizeram indispensáveis as grandes e dispendiosas obras de arte, a moda passou."

Enquanto evoluímos só extraindo produtos naturais, matérias-primas e produtos tropicais para alimentação, os Estados Unidos da América, a Alemanha, a Inglaterra, a Bélgica, o Japão, a França, e a Itália, evoluíram industrialmente.

Possuidores de regiões opulentas de jazidas de hulha, comparáveis à melhor da Inglaterra, puderam os Estados Unidos e a Alemanha formar, com a revolução econômica da máquina a vapor, a base natural de dois centros gigantescos, que se tornaram rivais da Grã-Bretanha há menos de cinquenta anos e avoluma a sua concorrência dia a dia; com as hulheiras do vale do Reno e do sul dos Grandes Lagos norte-americanos.

Observaremos se confrontarmos várias nações em sua riqueza, poderio, prosperidade, progresso, cultura e civilização, moral ou material, que é um dos caraterísticos dos países agrícolas serem de habitantes de caráter pouco inventivo.

Isto é uma consequência do meio e da falta de ambiente propício para se desenvolver nas regiões de regímen agrário e organizador, o comerciante, o técnico e o industrial.

A um espírito lúcido e crítico, como o de Silvio Roméro, não escapou a observação da pequena capacidade inventiva de nosso povo e, assim é que se expressou sobre a nossa evolução puramente agrícola: "A lição que brota do fato de dedicarmos quase que exclusivamente às indústrias extrativas é a do caráter pouco inventivo de nossas criações industriais, sempre dominadas, senão produzidas e até diretamente pelo simples influxo do meio.