consequência do decreto de 1809, que "isentou de direitos em nossas alfândegas as mercadorias da China."(5) Nota do Autor
Este foi também o começo de sua luta contra a morte, que se não limitou à cabeceira dos doentes, tentando salvar uma vida em perigo; mas luta pessoal, em que enfrentou algumas vezes a inimiga comum e lhe escapuliu outras tantas das garras, milagrosamente. Conta Joaquim Manuel de Macedo, em interessante estudo sobre Duarte, que este, em 1815, resistira a 155 dias de viagem marítima tempestuosa, a 60 de meia ração de água, ao escorbuto e à morte, que reduzira de 60 a 42 pessoas, em geral enfermas, a equipagem do navio. Dois anos depois, em 1817, Ponte Ribeiro encontrou-se em situação pior: "Afetado da carneirada ou febre de Angola, agonizara três dias e, já considerado morto, voltara à vida."(6) Nota do Autor
Não foi apenas das tempestades, das meias rações de água, do escorbuto, da carneirada, que se ele desvencilhou quase que inteiramente são, só com o fígado avariado, mas também dos desastres. E a um deles, ocorrido em 1824, é ainda Joaquim Manuel de Macedo quem se refere, narrando o seguinte: "uma espingarda de dois canos rebentara em suas mãos, causando-lhe a descarga despedaçamento da mão e braço esquerdos, perda de ossos, tétano consequente e a reação inverossímil que lhe restabeleceu a saúde."(7) Nota do Autor
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Ponte Ribeiro casou-se em 1819 com D. Maria Joana Pereira, filha de José Marcelino Pereira, capitão de mar e guerra, e de D. Jacinta Maria Pinto Pereira.(8) Nota do Autor