acompanhavam-no a sua mulher e seus filhos, sendo que o último nascera em setembro, já em Lisboa.(19) Nota do Autor Nada menos de cinco pessoas! A situação tornara-se difícil e desagradável a ponto de o obrigar a recorrer ao ministro, pedindo por favor aquilo que se lhe devia por decoro. Foi deferido finalmente a concessão às passagens. Mas impunha-se-lhe a ridícula e vexatória condição de provar a sua indigência. Com semelhante alvitre não se conformou Duarte. Vendeu as suas últimas pratas e o seu uniforme, e retirou-se para o Brasil, não como mendigo a rastejar esmolas. Ao Visconde de Itabaiana, ministro brasileiro em Londres, escreveu ele, depois de contar o ocorrido: "V. Exa. aprovará a resolução que tenho tomado de vender a prata que me resta e o meu uniforme para pagar a viagem, preferindo este sacrifício ao vexame de fazer uma pública justificação de pobreza."(20) Nota do Autor Ao voltar ao Brasil, apenas trazia algumas dívidas. A um amigo de Lisboa, Antônio Pedro de Carvalho, ficara devendo a quantia de 52$620 metal, paga, depois de chegar ao Rio, em outubro de 1828.(21) Nota do Autor
Até agosto de 1828, ficara Ponte Ribeiro preso em Lisboa com a questão das passagens. É durante esta permanência em Portugal, que Joaquim Manuel de Macedo, no seu citado trabalho, lhe atribui a missão secreta de observar as tendências do governo de D. Miguel, quanto aos direitos de D. Maria II ao trono português.(22) Nota do Autor Posto que sempre bem informado a respeito das atividades diplomáticas do seu biografado, esta asserção de Macedo não se confirma com documento algum do vastíssimo arquivo deixado por Duarte (ao menos não encontrei coisa alguma), e, em parte, contraria a comunicação de Aracati, dando-lhe por finda a missão, a 23 de abril de 1828. Ora, caso continuasse