uma só vez o mencionou na proposta o seu representante, apontando aí outro meio de se demarcar a fronteira muito semelhante ao uti possidetis.(29) Nota do Autor
Era a missão Ponte Ribeiro ao Peru, principalmente, em retribuição à de Cáceres, que o Imperador D. Pedro I muito apreciara, como consta das instruções. Ia o diplomata brasileiro autorizado a negociar um tratado de comércio e navegação, "fundado — escrevia o Marquês de Aracati — em princípios liberais, ou, para, melhor dizer, de Política Americana." Mas, sobre os limites, prevalecia ainda a ideia de se mendigarem elementos e, enquanto os não obtivesse, devia o representante brasileiro de se ater às razões de 1827, dadas por Queluz, assegurando todavia "que o governo imperial está cuidando em tomar todos os esclarecimentos, para entrar na negociação de um tratado."(30) Nota do Autor
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De acordo com as instruções que lhe recomendavam: "S. M. Imperial deseja que Vossa Mercê parta quanto antes", seguiu Ponte Ribeiro, imediatamente, para o sul. No dia 31 de março já aportava a Montevidéu e a 5 de abril tentava embarcar para Buenos Aires. O mau tempo, porém, atrasou a partida da embarcação, dando-lhe ensejo para escrever ao ministro dos negócios estrangeiros sobre os dirigentes do Uruguai e o seguinte a respeito de duas personagens argentinas: "Aqui se acham os generais San Martin e Balcarce que foi desterrado pelo governo de Buenos Aires: são os maiores apologistas de S. M. o Imperador, e bendizem a fortuna do Brasil de possuir um soberano tão magnânimo."(31) Nota do Autor