Pouco mais se demorou Ponte em Montevidéu, de onde saiu a 9 de abril para chegar a 11 a Buenos Aires.(32) Nota do Autor Aí os dois partidos, unitário e federal, acabavam de representar o mais emocionante drama de sua história. Manuel Dorrego, governador da província de Buenos Aires, eleito depois de liquidada a obra centralista de Rivadávia, foi derribado do poder, pelo motim vitorioso chefiado por Lavalle, a 1 de dezembro, e fuzilado dias depois. Nos primeiros momentos parecera que, com semelhante traça, se reinstalariam os unitários no poder. O contrário justamente sucederia, pois lhes eram superiores em força os federais, talvez porque tivessem estes raízes mais profundas como partido mais popular e mais conforme ao meio. Assim, a reação por parte dos federais não se fez esperar: foi rápida, quase que imediata. Estanisláu López, em Santa Fé, e Juan Manuel Rosas, na campanha buenarense, reuniram as suas milícias formadas de índios e gaúchos, mais ou menos fanatizados, às quais se dava o nome de montoneras, e, com elas, arremeteram a Lavalle.(33) Nota do Autor
Em fins de março, pouco antes da chegada de Ponte Ribeiro, a situação de Lavalle piorara consideravelmente, até que, no dia 26 de abril, se tornou insustentável com a derrota sofrida em Puente Márquez. "As notícias que durante o ataque do dia 26 chegaram a esta cidade — escrevia Duarte, quatro dias depois — aterraram o Partido Unitário e desenvolveram o Federal; então se viu que este último é aqui maior do que se pensa."(34) Nota do Autor
Buenos Aires, onde se mantinham os unitários, fora tomada de pânico na expectativa dos montoneiros, que todos supunham às portas da cidade. E isso antes de 26 de abril, pois a 11 chegara o diplomata brasileiro ao