afogado no Rio da Prata. Este golpe lhe foi ainda mais terrível do que o anterior. Imediatamente decidiu o regresso ao Brasil, embora lhe faltasse concluir o relatório. Ao ministro dos negócios estrangeiros, Sá e Albuquerque, escrevia a 27 de agosto: "A morte que por desgraça acaba de ter um dos meus filhos me obriga a ir ao Rio de Janeiro, e interromper a Comissão que me foi confiada pelo Governo Imperial, antes de concluir e pôr a limpo o elenco dos mapas geográficos, cópias e extratos que tenho reunido e levo comigo."(564) Nota do Autor
CAPÍTULO XXV
QUANDO A VIDA É UMA TEIMA
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Os quatro anos que Ponte Ribeiro passara na Europa haviam sido de dificuldades para o Brasil. Pouco depois da partida do diplomata, as relações do Império com o governo blanco do Uruguai foram de mal a pior até à exacerbação e a guerra. Aproveitou Solano López o momento, que se lhe ensejou, para figurar como estrela na política americana. Aliado dos blancos, desde que viu o ultimato de mediação desatendido pelo Império, o paraguaio interveio na contenda alheia, com a força de um exército arregimentado, disciplinado e preparado, cuidadosamente, para este encontro. Julgara López, pela fraqueza em que descaíra o poderio militar do Brasil e da Argentina, empresa fácil arrebatar-lhes a supremacia do continente. E num lanço rápido e certeiro arremessou os seus batalhões contra Mato Grosso e Rio Grande do Sul.