Um diplomata do Império - Barão da Ponte Ribeiro

A guerra prosseguiu durante anos. Em Portugal devera Ponte Ribeiro tê-la acompanhado passo a passo, ansioso pelo revide do Brasil. Porém, ao chegar o diplomata, em fins de 67, já se esboroava a força de López diante da resistência inesperada dos aliados. Estavam contados os dias do ditador americano, que, antes do aparecimento na Europa dos exércitos prussianos, já havia concebido uma técnica que se assemelhava muito à desses peritos, não só no preparo material, mas também no psicológico da nação inteira para o extermínio dos inimigos.

Além da guerra, outros fatos ocorreram, durante a ausência de Ponte, que modificaram, bastante o panorama internacional que deixara. A questão de limites com a Bolívia fora resolvida pelo tratado de 27 de março de 1867. Ponte não apreciara os resultados das negociações. Os limites indicados por ele, em 1859, foram alterados, depois de parecer do conselho de estado, assinado por Pimenta Bueno, relator, Uruguai e Jequetinhonha. A opinião do primeiro fora integralmente subscrita pelos os outros dois. As lagoas de Cáceres, Gaíba, Mandioré e Uberaba foram cortadas ao meio pela linha divisória, cabendo parte ao Brasil e parte à Bolívia. Ao norte já não corria a linha pelo divisor de águas entre o Paragaú e o Verde; mas, sim, pelo álveo deste último. Portanto, no final da contenda, seria Pimenta Bueno, o primeiro a descrever a fronteira no Brasil Império, quem lhe daria a feição definitiva. De Ponte Ribeiro, apenas, constava do tratado a linha leste-oeste, do Madeira às nascentes do Javari. Facilitara as negociações com a Bolívia a substituição de Belzu por Melgarejo, no governo da República.

Se se liquidara uma das questões, outras continuavam e novas apareciam, que proporcionariam ao diplomata

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