Um diplomata do Império - Barão da Ponte Ribeiro

matéria para os seus trabalhos. Os anos de 1868 a 1873 seriam para ele de grande atividade. No tocante aos limites, dedicou-se ao estudo das questões com a Colômbia, então Nova Granada, e das demarcações das fronteiras, já fixadas, com a Venezuela e Bolívia.

Também se envolveu ele nas discussões suscitadas pelas estipulações do tratado de limites com o Paraguai, de 9 de janeiro de 1872. Três foram os trabalhos que publicou sobre este assunto. Escreveu o que se intitula: Limites do Brasil com o Paraguai, para refutar alegações de jornais do Rio da Prata, de se ter o Brasil aproveitado da guerra para extorquir território ao Paraguai. Fácil foi a Ponte provar a improcedência da alegação, pois os limites de 1872 foram os que sempre havia pretendido o Império, desde o início da discussão. Em outro trabalho contrariava opinião propalada pela imprensa, de que a comissão demarcadora dos limites com o Paraguai iria encontrar dificuldades insuperáveis. Ponte Ribeiro, em síntese muito bem feita, demonstra que a fronteira, a ser demarcada, era, quase toda, conhecida e explorada. Por isso as dificuldades que iria enfrentar e os riscos que iria correr seriam muito menores do que os que enfrentariam as comissões destinadas às demarcações com o Peru e a Venezuela. O terceiro trabalho, embora não assinado e nele se faça pequeno elogio aos escritos de Ponte, tenho para mim que foi delineado por ele mesmo. Refere-se à carta geográfica das fronteiras do Brasil com o Paraguai, que acabava de ser litografada, e estuda os mapas e documentos, de onde se retiraram os elementos para a elaboração daquela carta. Depois de comentar um por um os documentos, termina assim: "O importante mapa, a que nos referimos, foi organizado pelo incansável Sr.

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