Conselheiro Ponte Ribeiro, que assim reuniu mais um aos valiosos serviços que tem prestado ao país."(565) Nota do Autor
São inúmeras as memórias de Ponte Ribeiro dessa época. A simples enumeração e ementa tomariam, por certo, algumas páginas. A meu ver, porém, o que de mais interessante escreveu de 67 a 73 foram dois ofícios ao ministro Barão de Cotegipe. Num refaz ele, transcrevendo grande cópia de documentos, a sua missão a Chuquisaca em 1852, para retificar referências inexatas feitas pelos jornais da arte. É mais uma reconstituição de fatos, que o velho rememorou. O outro escrito contém a defesa da política que ele personificara, durante anos, nas Repúblicas do Pacífico. Atribuía-se agora aos diplomatas brasileiros, que estiveram na Bolívia, antes de Lopes Netto, o fato de se não ter conseguido até então um acordo sobre os limites. Ponte esclarece completamente as causas que impossibilitaram aquele acordo. "Fui esta manhã à casa de V. Exa.", escrevia ele a Cotegipe, em 17 de setembro de 1869, "para pedir o especial favor de ouvir-me duas palavras de desabafo do meu amor-próprio e em desafronta da Justiça."
Daí segue, no desabafo, explicando miudamente os acontecimentos, que facilitaram a conclusão do tratado. "Tenho ouvido com paciência de Job", asseverava Ponte, "as asserções de terem sido ineptos todos os Diplomatas enviados pelo governo imperial às Repúblicas do Pacífico, antes de mandar o Sr. Conselheiro Lopes Netto; e que chegando este à Bolívia obteve tudo quanto o Brasil queria, e mudou a política seguida por este então naquelas Repúblicas. Sabe V. Exa. que quem mudou a política foi o governo imperial, autorizando agora o Sr. Lopes Netto a fazer à Bolívia concessões que lhe havia negado constantemente, quando as circunstâncias do Império não eram azarosas como