queixas e rusgas antigas. Por isso a defesa que faz agora do Visconde do Uruguai é digna de nota. Fora o político fluminense, já quando não podia defender-se, atacado por um jornal da Corte, que atribuía à ação sáfara do diplomata não ter conseguido o Brasil o rio Oiapoque, por limites com a Guiana Francesa, nas negociações de 1855. Ponte sai em defesa do amigo e ministro que o nomeara plenipotenciário. "Depois deste desabafo pessoal", principia a defesa, "chamarei a atenção de V. Exa. para o jornal Reforma, de hoje, em que se atribui à incapacidade do Sr. Visconde do Uruguai o malogro da sua missão em França, quando tinha por antagonista um diplomata de 2ª se não 3ª ordem. Era esse plenipotenciário o Barão His de Butenval que veio a esta Corte como Enviado Extraordinário, depois de haver estado como diplomata em outros países; e era no conselho de estado o incumbido de dar opiniões sobre questões de limites."
Continua Ponte a defesa por mais algum tempo. Mas, muito a seu esto, a propósito talvez do assunto que tratara em primeiro lugar, investe contra desafetos, seus que nada tinham com a estultícia do jornal. Depois de desancar as duas personagens, que metera na questão, diz que, em negociações daquela em que estivera o Visconde, é que os queria ver, "para conhecerem o que são dificuldades internacionais que não se vencem com dicursos políticos produzidos pelo fraco contra o forte, ainda quando fundados em sólidas razões." O final do ofício é um sincero protesto que faz o velho diplomata. "Quem como eu, — afirma Ponte — está ao corrente da questão, e atender ao contexto dos Protocolos das Conferências havidas em Paris entre o Barão His de Butenval e o Sr. Visconde do Uruguai, protestará, como faço ante V. Exa.,