D. Pedro II e o Conde de Gobineau (correspondências inéditas)

CAPÍTULO II

A GUERRA FRANCO-ALEMÃ

Desde o dia 19 de setembro de 1870, os alemães cercavam Paris com 200 mil soldados de infantaria, 34 mil cavaleiros e 900 peças de artilharia. Uma parte da França estava ocupada pelo inimigo. O governo francês tinha-se refugiado em Bordeaux. Guilherme, rei da Prússia, tinha instalado seu guartel-general em Versalhes, onde, dentro em pouco, far-se-ia coroar Imperador da Alemanha.

Num sábado, dia 28 de janeiro de 1871, após um penoso cerco de quatro meses da parte dos alemães e uma resistência encarniçada da parte dos franceses, a cidade de Paris foi obrigada a render-se. O armistício de Versalhes, concluído logo depois entre Bismarck e o governo provisório francês, teve por resultado o Tratado de Frankfurt (10 de maio 1871). A França perdia a Alsácia e a Lorena, e devia pagar em três anos à Alemanha cinco milhões de francos. Um exército de ocupação seria mantido no norte e este à custa da França, até o pagamento completo da indenização de guerra. A França respeitou a sua assinatura e todos os franceses aceitaram bem duros sacrifícios para desobrigar-se o mais depressa possível da dívida que lhe tinha sido imposta.

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