Afinal, avisou o ajudante de ordens que iria a Santa Cruz notificar a permissão de passagem dos vasos franceses.
Como, porém, houvessem estes aparelhado antes de sua chegada à fortaleza, ainda receberam mais de dez tiros, dos quais um por um triz não alcança o paiol de pólvora da capitania.
Assim mesmo, veio ordem para que dous dos maiores navios ficassem fora da barra; havia expressas instruções reais para que não entrassem no porto mais de três barcos de guerra estrangeiros. Assim, partiram para a Ilha Grande.
Apenas chegado, desembarcou o sr. De Gennes e foi queixar-se ao governador dos balázios recebidos. Que praxe era esta de se tratarem por tal forma as naus de uma potência amiga?
Respondeu-lhe Castro Caldas dizendo-lhe que desejara consentir na entrada franca da frota. Havia, porém, muita gente contrária a tal licença e grande fermentação popular, perigosa mesmo, para a manutenção da ordem. Em todo caso, permitia que os doentes desembarcassem na Praia Grande e prometia-lhes a assistência, que lhe fosse possível.
Deu-se, então, novo incidente, característico da vaidade das pragmáticas e regimentos. Perguntou o comandante francês se acaso salvasse de terra lhe responderiam tiro por tiro. Respondeu-lhe o governador que absolutamente não; daria quando muito alguns disparos, por lhe caber a homenagem. À vista de semelhante resposta, resolveu o francês não salvar. A quatro desembarcaram os escorbúticos, e a esquadra demorou-se nas águas guanabarinas até 27 de dezembro, fazendo grandes compras de mantimentos: carnes salgadas, farinha de mandioca, açúcar, arroz, milho, tapioca, etc.