No dia imediato, Festa de Corpus, foi o comandante francês, seguido do seu Estado Maior, cumprimentar o Governador Vice-Rei do Brasil.
Isto lhes deu o ensejo de assistir à grande procissão comemorativa do dia. Pasmaram os franceses do préstito: "uma quantidade prodigiosa de cruzes, relicários, andores, paramentos ricos, muita tropa formada, mesteres, confrarias e congregações". Causou-lhes, porém, péssima impressão a aparição de "bandos mascarados, músicos e dançarinas que, com as posturas lúbricas, perturbavam extremamente a ordem da santa cerimônia".
Finda esta, foram os oficiais franceses ouvir missa no Colégio dos Jesuítas, onde encontraram padres compatriotas, que lhes deram notícias do andamento da guerra então reinante entre a França e as potências da coligação de Augsburgo.
Do Colégio foram à casa do cônsul de sua nação jantar e souberam da perda de Montauban, o famoso flibusteiro, seu patrício.
A saída do grande comboio de navios mercantes, escoltado por uma divisão de naus de guerra portuguesas, foi um espetáculo que muito chamou a atenção dos franceses, atônitos do volume de mercadorias exportadas da Bahia para Lisboa.
Da cidade d'o Salvador traça Froger lisonjeira descrição, gaba-lhe os edifícios públicos, os estaleiros de construção naval, as fortalezas, as igrejas e conventos.
Quanto aos baianos, achou-os "asseados, corteses, sérios; a não ser a arraia miúda atrevida ao último ponto. Geralmente ricos, são muito afeiçoados ao comércio e geralmente também de raça judia. Quando alguém deseja ordenar um filho, precisa provar o cristianismo