O Rio de Janeiro de antanho: impressões de viajantes estrangeiros

passando a descrever o Recôncavo, trata de suas produções, legumes e frutas, da caça, sobretudo dos macacos, da prodigiosa quantidade de formigas, das ervas medicinais, entre as quais sobremodo exalta a Paraayra-braba (sic?), grossa e dura raiz, antídoto infalível contra todos os venenos!

Um mês após a chegada a O Salvador do sr. De Gennes, ali apareceram os seus navios desgarrados no sul. Haviam tido grave questão no Rio de Janeiro, onde encontraram uma frota de guerra portuguesa, de 18 naus.

Havendo desertado, ali, 15 marinheiros da "Felicidade", debalde reclamara o comandante a sua entrega; pouco depois dava-se uma rixa entre oficiais franceses e populares, daí resultando a morte de dous fluminenses. As autoridades locais encarceraram cinco ou seis desses oficiais, o que motivou um desembarque do Capitão de Fragata de la Roque, exigindo a entrega dos compatriotas. Dera-se então escaramuça, de que proviera a morte de dous oficiais franceses e os ferimentos graves de um terceiro.

Não diz Froger como terminou o incidente.

A seu respeito, assim como sobre a viagem do sr. De Gennes, existem no Arquivo Nacional vários documentos interessantes, na correspondência de Sebastião de Castro Caldas com a Corte, e nos seus bandos.

A seis de agosto, tendo as suas provisões de água e lenha feitas e armazenado víveres para seis meses, resolveu De Gennes partir para a França. Despedindo-se do Governador da Bahia, recebeu, assim como todos os comandantes, algumas ametistas, como lembrança, e diversos gêneros para refresco.

A sete zarpava a esquadra, com rumo para Caiena, a oito encontrava canoas em que vinham vários negros,

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