História do Brasil T2: A formação, 1941

I

ENTRE O CEARÁ E SÃO PAULO


Sucessor de D. Francisco de Souza, o "das manhas", absorvido em São Paulo pela pesquisa do ouro - o governador-geral Diogo Botelho fez diferente política. Não se deixou fascinar pelas minas lendárias. Mais premente problema lhe pareceu a conquista da costa leste-oeste a partir do Rio Grande, em cujos areais, vigiados pela fortaleza dos Reis Magos, parara a expansão portuguesa. Tinha também de defender o litoral frequentado pelos contrabandistas ingleses e franceses, aliados furtivos dos tapuias, um pouco por toda parte. O sul ficara bem seguro e governado. Faltava à colonização do Brasil o resto do norte, até a bacia amazônica, aquém do meridiano de Tordesilhas (como em Lisboa se afirmava) e antes que o estrangeiro lá se fixasse. Cumpria incorporá-lo sem demora à coroa de Portugal.

DIOGO BOTELHO

Singular é a presença de Diogo Botelho no Brasil: porque, partidário do Prior do Crato, correra com ele, fiel, os perigos de sua guerra infeliz(1) Nota do Autor.

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