II
MARANHÃO E PARÁ
FRANCESES NO NORTE
Em primeiro de outubro de 1610 alcançara da corte de França Daniel de la Touche, senhor de La Ravardière, confirmação da licença que em 1605 lhe dera Henrique IV como ´son lieutenant general en terre de l'Amérique, depuis la rivière des Amazones jusques à l'ile de de la Trinité`(1) Nota do Autor, para colonizar, ao sul da linha equinocial, cem léguas, tendo ao centro uma fortaleza que devia construir.
O projeto não era intempestivo ou desarrazoado.
Resultara de uma série de tentativas malogradas à custa das quais bem se conhecera o litoral do Maranhão, entre o Mearim e a foz do Amazonas. Ali perdera Jaques Riffault dous navios, em 1594; e gente sua estava entre os índios que resistiram aos portugueses em 1604. O padre Luiz Figueira dela falou em 1609... La Ravardière, à maneira de Villegaignon, foi um idealista dos empreendimentos coloniais. Como em 1610 os oferecia a seu país, em 1619 havia de prometê-los ao rei de Espanha e Portugal. Sabia que naquela costa os franceses não seriam incomodados. Ficaria em poder de quem primeiro se estabelecesse com armas para defendê-la e pequenos presentes para os tupinambás