Dir-se-ia augurara Antonio de Albuquerque a investida de surpresa que De Ferrolles (de volta a Caiena em 1691) empreendeu do Oiapoque até o rio Paru, em maio de 1697, arrasando os fortins construídos por Motta Falcão(2) Nota do Autor. Êxito efêmero, o do pioneiro francês: enviados a toda pressa pelo governador os capitães Francisco de Souza Fundão e João Moniz de Mendonça, recapturaram Macapá e expulsaram os intrusos. Logo Manuel da Motta de Sequeira se ofereceu para fazer outros quatro fortes, no Paru, Rio Negro, Pauxis e Tapajós, recebendo como recompensa o governo deste último. Foi ao tempo em que o embaixador de Luiz XIV em Lisboa, Rouillé, forçava por defender a "conquista" francesa. Não concluiu senão um tratado provisional, em quatro de março de 1700: adiava por um ano o litígio sobre as "terras situadas entre Caiena e a margem do Amazonas". Vinte e um dias depois Portugal e França firmavam o seu entendimento quanto à grande questão do momento: a sucessão da coroa espanhola.(3) Nota do Autor Embora precária, essa aliança, cedo desvanecida, impediu que se reacendesse então a luta, nos "igarapés" do Amazonas. Os portugueses, em compensação, alargavam - insaciáveis - o seu domínio, em prejuízo dos espanhóis.
A questão com o padre Samuel Fritz, que descera de Quito para catequizar os Omaguas, em 1689, ilustra essa política. O padre, a serviço de Castela, argumentava com a linha de Tordesilhas e assegurava pertencer à Espanha a zona dos Omaguas. Contestaram-lhe, que era de Portugal. Passou então ao Pará, a entender-se com as autoridades portuguesas: é a viagem descrita