História do Brasil T2: A formação, 1941

os tem mais fortificados por natureza do que pudera ser por arte, e crescendo cada dia em número se adiantam tanto no atrevimento, com que contínuos roubos e assaltos fazem despejar muita parte dos moradores dessa Capitania mais vizinhos aos seus mocambos, cujo exemplo e conservação vai convidando cada dia aos mais que fogem por se livrar do rigoroso cativeiro que padecem..."(1) Nota do Autor. Queria passar a Porto Calvo, para "fazer esta guerra". Mas quem a fez foi, três anos depois, o governador D. Pedro de Almeida, pedindo a todas as Câmaras socorros de homens e munições: comandou a "entrada" Manuel Lopes (novembro de 1675).(2) Nota do Autor Esta logrou apreciáveis vantagens. Após vinte e cinco dias de marcha deu num arraial, desbaratado ao termo de duas horas de combate; e aí acampou Manuel Lopes por cinco meses, sem se animar todavia a bater os negros nos outros "quilombos" dissimulados na mata. Apresou uma centena deles. D. Pedro de Almeida renovou a guerra em 1677, confiando-a a Fernão Carrilho, experimentado pioneiro de Sergipe do vale do São Francisco. A ordem foi para fundar arraial nos Palmares, a fim de irradiar daí as várias expedições punitivas, como praticara Estevão Baião no Paraguaçu(3) Nota do Autor. Tal método "paulista" produziu excelentes efeitos. Levou aliás Carrilho valentes cabos como Manuel Rodrigues Vieira, veterano da guerra

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